Num gesto arrojado e muito bem conseguido, o edifício da adega é adossado ao terreno. Esta opção foi o ponto de partida para conceber uma intervenção integradora em que todos jardins se fundissem com a paisagem envolvente, conseguindo assim afirmar um carácter distinto e diferenciador em cada uma das funcionalidades pretendidas: fosse o jardim junto ao restaurante, entrada e recepção dos visitantes; uma grande clareira pensada para a realização eventos; ou até funções mais humildes como o suporte de taludes ou a mera tentativa de mitigar o impacto da maquinaria necessária ao funcionamento da adega.
A proposta não se limitou a enquadrar a Adega enquanto objeto arquitetónico. Foi também importante interligar a adega com a Quinta, resolver taludes, agarrar as vinhas novas e estender o gesto no espaço. Assim, conseguimos conferir à singularidade e complexidade da adega um carácter de jardim, ainda que mais naturalizado e sempre com a base de vegetação autóctone, juntando alguns elementos de carácter mais ornamental.
Uma adega perfeitamente integrada no meio da vinha e dotada do mais recente material para a seleção dos melhores bagos.